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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O segundo debate entre presidenciáveis da campanha eleitoral deste ano provocou nesta segunda-feira (1) o confronto entre as duas candidatas que aparecem empatadas em primeiro lugar – ambas com 34% – na disputa pela Presidência da República, segundo a mais recente pesquisa Datafolha. Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) deram preferência uma à outra nas oportunidades que tiveram para formular perguntas e foram priorizadas nas perguntas formuladas pelos jornalistas.
Organizado por SBT, "Folha de S.Paulo", Jovem Pan e UOL e mediado pelo jornalista Carlos Nascimento, o debate reuniu sete candidatos: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).
O candidato do PSDB, Aécio Neves, terceiro colocado na pesquisa Datafolha, com 15%, trocou acusações com Dilma e concentrou as críticas ao governo na áreas da economia e da segurança pública.
Dilma Rousseff durante debate entre presidenciáveis em SP (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Dilma Rousseff durante debate entre presidenciáveis
em SP (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Dilma e Marina
No primeiro bloco, de questionamentos entre os próprios candidatos, Dilma foi a primeira a ter o direito de formular pergunta e escolheu Marina para responder. Ela disse que as "promessas" que a adversária fez durante a campanha custarão pelo R$ 140 bilhões e quis saber de onde sairá o dinheiro.
Marina respondeu dizendo que não são promessas, mas compromissos. "Geralmente, quando é para subsidiar o juro do bancos, as pessoas, como dizia Eduardo Campos, não ficam preocupadas em saber de onde veio o dinheiro. Mas quando se trata de dizer que se vai tirar 10% para a educação, para que nossos jovens tenham igualdade de oportunidades,  quando se diz que vai ter o passe livre, para que eles possam ter acesso a escola, ao divertimento, aí vem essa pergunta", reagiu a candidata do PSB.
No segundo bloco do programa, Marina foi questionada por um dos jornalistas se o fato de não divulgar as empresas que lhe pagaram R$ 1,6 milhão nos últimos três anos por palestras não contradiz a "nova política" que tem pregado. A escolhida para comentar foi Dilma.
Ao responder, Marina disse não ser contrária à revelação, mas que está impedida de fazer isso por exigência contratual das empresas e que, se estas concordarem em revelar, não fará objeção. "Vivo honestamente daquilo que faço, todo mundo sabe que dou palestras para poder levar a mensagem do desenvolvimento sustentável em todo o Brasil", disse.
Ao comentar a resposta, Dilma disse que, quando se assume um cargo público, "a transparência é uma necessidade". A presidente em seguida passou a falar sobre a "governabilidade" e em favor da negociação na política.
Marina rebateu dizendo que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva também poderiam divulgar quanto ganham com palestras. "Eu busco a transparência e acho que essa transparência deveria estar também para os R$ 500 bilhões que foram destinados ao BNDES sem que estivessem no Orçamento público. Isso sim diz respeito à vida dos brasileiros", afirmou a candidata do PSB.
Depois, Dilma e Marina intensificaram as críticas uma à outra. Questionada sobre a economia em recessão e a insatisfação da população, Dilma defendeu sua gestão argumentando que os governos petistas tiraram 36 milhões de pessoas da pobreza e elevaram 42 milhões à classe média, disse que recessão é "momentânea", causada pela crise internacional, menos dias úteis no ano e pela seca.
Ao comentar, Marina disse que Dilma não consegue reconhecer seus erros. "Ela se elegeu dizendo que ia controlar a inflação, manter o país em crescimento e ia fazer com que os juros baixassem. Hoje nós temos inflação alta, temos baixo crescimento e nós temos uma situação de juros altos. E a população paga um preço muito alto pela péssima qualidade do serviços que estão prestados", disse a candidata do PSB, lembrando das manifestações de junho de 2013.
Na réplica, Dilma disse que a autonomia do Banco Central, proposta por Marina, "só levará a maior dificuldade na regulação do mercado financeiro, o que aliás, foi um dos pontos centrais quando houve a crise no mercado internacional". Dilma atacou os "pessimistas de plantão", lembrando o êxito na organização da Copa. "O pessimismo é uma péssima forma de avançar, porque você começa desistindo", afirmou.
Outra discussão entre Marina e Dilma foi sobre o petróleo. A petista perguntou à adversária se ela tinha desprezo pelo pré-sal. Marina negou, dizendo que trata-se de uma riqueza necessária para investir na educação.
"Nós estamos reafirmando a necessidade de continuar explorando essa fonte de energia. No entanto, nós não podemos ter uma visão de ficar apenas onde a bola está. Nós temos que ir para onde a bola vai estar", disse Marina, citando o potencial de geração de energia com biomassa, fontes eólica e solar, "negligenciadas", segundo ela, no governo Dilma.
“O maior perigo para o pré-sal é o que foi feito com a Petrobras, uma empresa que perdeu o seu valor e que foi usada politicamente para poder dar conta dos índices de crescimento que não aconteceram e para reduzir o risco da inflação de forma inadequada", completou.
Em resposta, Dilma rebateu dizendo que o Brasil investe em energia eólica e que "o petróleo não pode ser demonizado como a senhora fala".
Aécio Neves no segundo debate entre candidatos a presidente (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)Aécio Neves no segundo debate entre candidatos
a presidente (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
Aécio
O candidato do PSDB, Aécio Neves, se confrontou pela primeira vez com Dilma ao responder a uma das perguntas de jornalistas, sobre escândalos de corrupção que envolveram o PSDB. Ele foi questionado se o partido não era tolerante com a corrupção – Dilma foi escolhida para comentar.
O tucano disse que a "marca" do partido é a "austeridade". "Nós jamais transformamos, e jamais transformaremos, eventuais filiados ao partido que tenham cometido qualquer crime em heróis nacionais", afirmou, em referência à defesa que o PT fez de filiados ao partido condenados à prisão pelo Supremo Tribunal Federal.
Dilma afirmou que, no governo dela, a corrupção "jamais foi varrida para debaixo do tapete" e disse que respeitou a autonomia da Procuradoria Geral da República ao indicar o primeiro da lista enviada a ela por procuradores para a escolha do procurador-geral. Ela usou esse argumento para criticar o governo Fernando Henrique Cardoso, no qual, segundo afirmou, havia um "engavetador-geral da República".
Aécio refutou, dizendo que um ex-diretor da principal empresa pública do país, a Petrobras, está preso e que o governo tenta manipular as informações para impedir as investigações de forma adequada.
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