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terça-feira, 23 de setembro de 2014


Criticada por seus principais adversários, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) defendeu nesta terça-feira o saque de 3,5 bilhões de reais do Fundo Soberano para ajudar a encorpar as economias para o pagamento dos juros da dívida. A petista afirmou que é "estarrecedor que questionem a utilização do fundo" neste momento em que o Brasil cresce menos do que na época em que o fundo foi criado, em 2008. "Para que se faz um Fundo Soberano? É uma coisa muita simples. Nas vacas gordas, você tem dinheiro. Nas vacas magras, você tem menos dinheiro", afirmou a presidente.
Dilma destacou que a estratégia do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi criar Fundo Soberano em 2008, época em que o país crescia mais e tinha arrecadação tributária maior. "O fundo tem uma característica contracíclica, ou seja, não age a favor do ciclo. Se o ciclo está ruim, ele aumenta o gasto para conter o ciclo. Se o ciclo está bom, ele segura o gasto e faz uma poupança", afirmou, destacando que na época da criação do fundo era ministra-chefe da Casa Civil. "Sei perfeitamente em que condições o fundo foi formado". A presidente destacou que agora o país cresce menos que naquela ocasião e que não é possível comparar o Brasil com a Europa, porque o velho continente não tem esse tipo de estratégia.
Nesta quarta-feira, a candidata do PSB à residência, Marina Silva, afirmou que, ao usar recursos do fundo soberano para fechar as contas públicas, a presidente Dilma compromete a estabilidade econômica do país.  Segundo ela, o governo errou "a ponto de um fundo que foi criado para ser usado em situação de extrema gravidade agora estar sendo utilizado". Dilma declarou que "estranha muito" as críticas ao fundo soberano, afirmando que a carteira foi criada justamente para ser usada neste momento de menor crescimento.
Já Aécio lembrou que o governo federal teve de buscar recursos do Fundo Soberano, porque “o país parou de crescer”. "O governo busca no Fundo Soberano recursos para fechar as contas, porque o país parou de crescer. E a responsabilidade não é, como quer a presidente da República, única e exclusivamente da crise internacional. No momento em que o governo demoniza por dez anos parcerias com o setor privado, afasta investimentos que poderiam permitir um crescimento maior da economia”, afirmou. O tucano classificou o crescimento da economia brasileira como "pífio".
Fundo Soberano - Em 2012, o governo fez manobra parecida. No último dia do ano, o Tesouro Nacional fez um resgate de 8,847 bilhões de reais do Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização (FFIE) – caixa onde estão aplicados os recursos do Fundo Soberano. Uma portaria do Diário Oficial da União de 31 de dezembro autorizava o resgate de títulos públicos neste valor que estavam depositados no Fundo, que é uma espécie de poupança fiscal criada em 2008 para servir de respaldo em períodos de dificuldades econômicas. O uso de recursos do Fundo Soberano foi considerado o pontapé inicial da degringolada da credibilidade fiscal do Brasil. A alternativa foi considerada oportunista e a prova de que o Planalto havia perdido o rigor técnico.


(Com Estadão Conteúdo)
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