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segunda-feira, 6 de outubro de 2014


Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos, que ficou conhecido como o Maníaco do Dona Clara após ter uma série de abusos sexuais no ano passado, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi condenado a 29 anos de prisão em regime fechado. A informação foi confirmada pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais). A punição corresponde aos crimes de estupro contra seis jovens com idades entre 14 e 18 anos, além de outras duas menores de 14 e a tentativa contra outra vítima.
A decisão foi tomada pelo juiz Luís Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca, que  considerou a semi-imputabilidade do réu, como também a sua confissão espontânea, reduzindo em um terço as penas aplicadas, de acordo com o disposto no artigo 26 do Código Penal. O magistrado avaliou a gravidade dos delitos e a forma traumática como foram praticados e determinou Santos fique detido até o julgamento do recurso, já que a liberdade dele  poderá “abalar a tranquilidade social da comunidade, afetar a ordem pública, gerando revolta e comoção na sociedade”.
Para Fonseca, o réu tinha "parcial conhecimento da ilicitude de seus atos e de autodeterminação, já que possuía à época dos fatos “transtorno do impulso”, atestado em laudo de sanidade mental.
Lembre o caso
Os crimes vieram à tona em setembro do ano passado, quando o 13º Batalhão da Polícia Militar registrou vários boletins de ocorrência foram registrados contra o suspeito, principalmente nas imediações do Colégio Dona Clara, na rua Orozimbo Nonato. As denúncias alegavam que o homem, que agia sempre de motocicleta e estava bem vestido, abordava e abraçava as garotas. Em seguida, ele passava as mãos pelas partes íntimas delas

Ao ser detido, o “Tarado do Dona Clara” confessou ter feito mais de 40  vítimas e tentou justificar os ataques dizendo que o primo dava uma moeda  para ele em troca de sexo oral. Porém, ao ser questionado sobre o motivo dos crimes, ele não soube explicar.

— Não era prazer, não era nada gente. Eu não sei, não dá para explicar isso não

Santos não tinha passagens pela polícia e foi reconhecido pelo pai de uma das vítimas como um amigo de infância. O homem ficou incorformado com a descoberta.
A motocicleta usada em todos os ataques por Marcel foi apreendida e estava com a placa parcialmente tampada com luvas cirúrgicas.
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